IMPRESSÃO DIGITAL ♥


Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.

ANTÓNIO GEDEÃO


vídeo elaborado para a defesa do projeto (RE)make no "Programa de Desenvolvimento de Competências em Gestão de Novos Negócios", na Universidade do Minho

     
     Cada pessoa tem a sua identidade, histórias, memórias e olhar. Cada um, com os seus olhos, vê o mundo à sua maneira e reage consoante as suas interpretações.

    O projeto TARAITA pretende recuperar mobiliário de uma forma criativa, através do "conto" de uma história que poderá ser a da peça, a do cliente com a peça ou algo que o inspire. Ouvir a história e dar-lhe corpo num móvel, que passará a ser mais do que um simples objeto e que terá o mesmo número de interpretações, do que o número de pares de olhos que o verá. Podemos encontrar estes móveis nos nossos sótãos, garagens ou podem ser aqueles que nos são especiais e aos quais atribuímos um significado próprio e nos remetem para uma memória especifica.


Os olhos da TARAITA são uns olhos.
Os vossos móveis são uns móveis.
As vossas histórias são umas histórias.
E é com esses olhos uns
Que a TARAITA vê no mundo as vossas histórias
Onde outros com outros olhos,
não vêem histórias nenhumas.
Quem diz histórias diz memórias.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem monos e monstros
A TARAITA descobre alma e amor


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