É do avô
a cadeira. A
cadeira que o avô guardava no sótão, mas que outrora serviu a família, por si
só numerosa. Numerosas as vezes que a cadeira foi emprestada para festas da
freguesia, tendo o avô cuidado de a assinar para ter a certeza lhe a traziam de
volta. Já lá vai tanto tempo. Tempo em que o avô
guardava os rios. Profissão como tantas outras já extintas, mas pela qual o avô
tinha paixão. Paixão essa que ainda hoje se reflete na cor dos seus bonitos
olhos.
Para a neta a cadeira significa apoio (pernas), colo (assento) e ombro amigo (costas).
O avô é
meu. É meu e de muitos mais netos. Mas o avó é único, só
conheci um e ele pegava em mim como ninguém... lembro-me de correr à
volta da sua casa com receio de me magoar nas paredes tão ásperas, mas queria
acha-lo lá atrás bem no fundo do quintal, entre todas aquelas couves de metros!
Queria que ele me pegasse e me lançasse ao ar... nesse momento eu crescia,
era livre e sentia-me feliz. Mas felicidade era quando ao domingo conseguia ser das
primeiras netas a chegar à sua casa, para passear com ele na sua mota...
eram minutos que se tornavam horas, eram ruas que passavam a ser corredores só
nossos!
E nossa
também é hoje esta cadeira, que tendo parte dos dois conta a nossa história.
♥ amo-te
avô 30mil vezes mais
É do avô
a cadeira. A
cadeira que o avô guardava no sótão, mas que outrora serviu a família, por si
só numerosa. Numerosas as vezes que a cadeira foi emprestada para festas da
freguesia, tendo o avô cuidado de a assinar para ter a certeza lhe a traziam de
volta. Já lá vai tanto tempo. Tempo em que o avô
guardava os rios. Profissão como tantas outras já extintas, mas pela qual o avô
tinha paixão. Paixão essa que ainda hoje se reflete na cor dos seus bonitos
olhos.
Para a neta a cadeira significa apoio (pernas), colo (assento) e ombro amigo (costas).
O avô é
meu. É meu e de muitos mais netos. Mas o avó é único, só
conheci um e ele pegava em mim como ninguém... lembro-me de correr à
volta da sua casa com receio de me magoar nas paredes tão ásperas, mas queria
acha-lo lá atrás bem no fundo do quintal, entre todas aquelas couves de metros!
Queria que ele me pegasse e me lançasse ao ar... nesse momento eu crescia,
era livre e sentia-me feliz. Mas felicidade era quando ao domingo conseguia ser das
primeiras netas a chegar à sua casa, para passear com ele na sua mota...
eram minutos que se tornavam horas, eram ruas que passavam a ser corredores só
nossos!
E nossa
também é hoje esta cadeira, que tendo parte dos dois conta a nossa história.
♥ amo-te
avô 30mil vezes mais
A cadeira do avô foi o meu
primeiro projeto. Quem conhece a Taraita conhece a cadeira azul e,
provavelmente, a nossa história. Hoje, por se celebrar o dia dos avôs, partilho
convosco uma mini sessão fotográfica que fiz com o meu avô ontem. Não se sentiu
à vontade de início, mas lá alinhou nas "coisas estranhas" que a neta
pensa e insiste em fazer. Sempre fomos assim, a segurança de um puxa pelo
outro. Quando escolhi a nossa história e a sua cadeira, foi fácil passar para o
papel todas as coisas que aprendi com ele. A nossa proximidade é divertida e já
perdemos a conta de quantas caras estranhas conseguimos fazer um ao outro. Mas
no fim, as suas palavras são sempre sábias e marcam a cada despedida. No nosso
coração estará para sempre gravado "30 mil vezes mais".
Um feliz dia dos avós
para todos.
Eu sou uma privilegia pois ainda tenho todos aqueles que conheci. ♥
Sem comentários:
Enviar um comentário